Maricas
Não sejam maricas, diz Bolsonaro, todos vamos um dia morrer. Sem dúvida, mas já agora o mais tarde que for possível, e sem dor, diria eu. O homem tem razão, já ganhámos o Festival da Eurovisão, podemos morrer em paz, para quê continuar à espera. É morrer e pronto, a pandemia fica resolvida, abandonamos o enorme esforço para produzir uma vacina, os fabricantes de máscaras e os de gel vão à falência, os cangalheiros batem palmas de júbilo pelo aumento dos negócios. Mas se é para morrer, então morremos todos e ninguém se fica a rir ou resta para contar a história. O planeta agradece, livra-se de nós e floresce. Outros ocuparão o nosso lugar e tudo começará de novo. Ao que me leva as palavras deste atrasado mental que governa um país que merecia ser lindo e próspero, mas não é. Carrega uma sina pesada, uma cruz imensa que não consegue pousar, algo genético que corrói por dentro. Continuemos vivos e protegidos mesmo que possamos parecer uns mariquinhas. Antes maricas que morto. #VaiFicarTudoBem
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