Covid dia 68

Não estamos todos na mesma nave, mas estamos todos no mesmo céu. Nunca o tinha sentido de forma tão clara: o sopro das minhas ações chega a todos os outros. De forma cristalina, transparente, apercebemo-nos que o todo é indubitavelmente constituído pela soma das partes. Daqui para a frente, não existe a mínima dúvida; todos o terão compreendido porque todos o sentiram na pele. As boas ou más opções de cada um de nós afectam todos os seres, humanos ou não, do lindíssimo planeta azul que observo da minha escotilha. Foi preciso chegar ao absurdo, a um absurdo concreto, para que ficasse claro, provado, o que era evidente desde sempre. O nosso respirar juntou-se ao sopro colectivo, que ao longo destes meses, consciente ou por receio, aplainou a maldita curva, tirou ao bicho a capacidade de infectar e matar. Talvez seja isso que perdure, pelo menos no subconsciente, algo que já sabíamos mas que ignorávamos, somos todos habitantes dum mesmo planeta e estamos todos finamente interligados. Há esperança. #EuQueroVoltar #VaiFicarTudoBem

Comentários