Covid dia 52
Continuamos a puxar o autoclismo quando, como todos sabemos, já não o fazemos. Não é que tenhamos perdido os bons hábitos de higiene ou sejamos preguiçosos. Simplesmente não puxamos; pressionamos, sim, pressionamos um botão com o dedo. A que propósito vem isto? Não faço a menor ideia; foi uma ideia que me ocorreu e como estou num país livre e meio maluco, escrevi. Sempre é melhor escrever do que começar a bater com a cabeça na chapa da nave. Talvez venha da constatação, durante o passeio higiénico de ontem, que a maioria não entendeu que a máscara serve para proteger o nariz e a boca e não o pescoço. Não é o troço entre as clavículas e o queixo destes pobres coitados que precisa proteção. É a boca e o nariz donde saem e entram as malditas gotículas impregnadas de vírus amarelos e com picos azuis (acho que são estas as cores mas se não forem, não faz mal, acho que entenderam na mesma). Quem precisa de proteção, somos nós, proteção deles. Isto vai ser bonito; nestas figuras e a mexerem na máscara o dia todo, para cima e para baixo, entre os lábios, logo abaixo de nariz, sei lá onde, vai dar disparate. Deus nos valha e acuda. Talvez quem nos possa acudir sejam os criativos publicitários que abundam e são muito bons. Criem, e rápido, a merda dum anúncio, com instruções simples de como usar uma máscara. Talvez tenham que apelar aos bons ensinamentos das ditaduras e dizer-lhes que Deus castigará quem não a usar bem, quem nela mexer com as mãos profanando a sua pureza e não a mudar ou desinfectar regularmente. Talvez, como diziam os sábios, esta coisa de generalizar o uso da máscara não seja grande ideia. Passaram cinquenta e tal dias e ainda estamos no início de maio. O Carnaval está longe mas as máscaras andam por aí. Um Bom Dia.
#EuQueroVoltar #VaiFicarTudoBem
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