Covid dia 18

A anormalidade instala-se. Os dias correm velozes e começo a esquecer porque estou a trabalhar de casa através de postigos electrónicos abertos durante horas intermináveis. O que antes era estranho, agora entranha-se, ocupa todo o espaço, todos os orifícios. O Diabo está atento e não perde uma oportunidade para nos lembrar a miséria em que vivemos. Sinto um novo tipo de cansaço, algo que ainda não sei definir bem. Agrava-se em dias como o de ontem, dias em que o postigo se mantém aberto até tarde, em que a fila de clientes é sempre longa, em que tentamos seguir um rumo e nos puxam constantemente para outro lado, noutras direções, em que a frustração toma conta da nossa agenda. Dois dias passados de Abril, está sol e é o décimo oitavo dia de crónicas. Este vai ser melhor, sem a mínima dúvida. Beijos e abraços. Um bom dia para todos.

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