Ano semi-novo

Enquanto escrevo, explode o fogo de artificio em Sidney: já estão em 2016. A Nova Zelândia e umas minúsculas ilhas do Pacifico já fizeram a passagem para o novo ano. Não acho isto bem, nunca achei. Porque começarão outros a gastar o novo ano antes de nós? Porque chega já usado, o ano novo, aqui a este meridiano, à velha Europa? Afinal já não é um ano novo, é um ano semi-novo. Desde sempre considerei que estava mal que assim fosse. Outros antes já contactaram com ele, tiraram minutos, horas, frescura. Muitos já estarão a dormir quando nós estivermos a festejar, outros já estarão perto do almoço de novo ano. Não está bem. Algo tem que ser feito para alterar este estado de coisas. Não podemos passar mais um ano sem que esta injustiça esteja resolvida. Porque não iniciar-se a contagem no meridiano de Greenwich: fazia muito mais sentido; afinal é o meridiano de referência, o grau zero. Só porque ali são as terras de sol nascente, dá-lhes direito a começarem a gastar o ano antes de nós? Não está bem mas já vi que não tenho outra alternativa que aceitar este estado das coisas. Mesmo revoltado, desejo um Excelente Ano a todos.

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