Exercicio de Escrita (2)
Agora tinha a certeza que as moscas pensavam antes de agir:
tantos corpos espalhados - expostos - naquele relvado e só ele era o alvo
daquele verme com asas. Esperou, controlou a respiração, calculou a
trajectória, elevou a gorda mão, percorreu o ar velozmente e, prazer dos
prazeres, esborrachou asas, sangue, ventre, entre a coxa nua e a palma da mão.
Um alívio enorme, só interrompido pelo latir dum cachorro, a uma boa vintena de
metros dali. De imediato começou a sentir, o habitual, suar das mãos, o
estômago a fervilhar. Rebolou o pesado corpo para a esquerda, dobrou-se e
começou, para espanto de todos, a afastar-se o mais depressa que pôde daquela
enorme fera de 20 centímetros de altura e ladrar amaricado que o perseguia.
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