Caminho aleatório
Hoje sonhei com tudo aquilo, a vida, a passagem do tempo, a mudança dos modos, dos lugares: desde a dificuldade em escolher o talher, dos mil cuidados com a porcelana, com o que dizer, até ao porco a rodar no espeto, à festa. E novamente estava ali, na longa mesa de pedra, no meio de iguais sorrisos e gargalhadas, de farta comida - e vinho. Ali estava ele, a meio da mesa; e eu, olhando, deliciando-me: eterno inocente, absorvendo tudo o que acontecia à minha volta - e tudo o que mais houvesse. E riamos, comiamos, punhamos a conversa em dia. Durante anos, assim foi, até que ... deixou de ser.
E em sonhos (re)encontrei quem nos marcou para sempre; quem, talvez sem saber, nos ajudou a escolher um caminho e não outro; que levou a que esta nossa passagem siga um destino - mesmo não sabendo qual será; que a metamorfose diária seja esta e não outra qualquer - aleatória.
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