A vida são transições

A vida são transições: uma correria desenfreada para não sabemos bem onde; saltos entre estados mais ou menos estáveis; a procura constante de novos equilibrios. Este é mais um Natal de transição entre algo que já não o é, e um não sei bem o quê, que está ai e ainda não vemos, sentimos ou cheiramos. É tramado o vazio das transições; é tramado descobrirmos que afinal o que era certo, já não o é; descobrirmos que afinal o nosso controlo é minimo. Tudo tende para o equilibrio, diz quem sabe, mas entre patamares existem escadas, para subir e descer, ondas instáveis, mares menos apraziveis. Afinal quem somos? O que fazemos aqui? As velhas questões. Alguém já o disse: somos marinheiros dum navio, ao sabor das ondas e do vento, onde supostamente somos o comandante e seguramos o leme. Talvez seja simplesmente isso; talvez seja algo mais.

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