Boooliinha


"Bolinha. Boooliinha". A voz ecoa na praia como a lembrar-nos que o tempo passa mas que existem prazeres que são eternos, passando de geração em geração. Sair do banho e comer uma bola, um mão cheia de batatas fritas ou um cacho de uvas é um prazer que dificilmente esquecemos. É algo que não é possível empacotar para levarmos para casa mesmo que o pacote seja do mais sofisticado e mais espantoso que possamos pensar. É uma combinação complexa, mas ao mesmo tempo simples, de tempo, espaço, sons, sensações, calor, areia, mar, cheiros, luz e alimentos. É preciso estarmos disponíveis e agarrarmos o momento. Dura pouco mas mantém-se cá dentro, por um bom bocado, massajando-nos a alma.
Junte-se uma bela praia, família, famílias, areia amarelo torrado, mar, calor, gente de todas as formas e feitios, crianças, toldos, mar, o som das ondas, as nossas conversas, as conversas que vamos escutando dos grupos à nossa volta, uma voz ao longe anunciando "bolinha, boooliinha", o banho no mar, voltar, a toalha ..., saborear e fica-se com uma ideia do que estou a querer descrever. Na verdade, é só uma má aproximação, o prazer deste momento só se tem estando lá e estando reunidos todos os ingredientes necessários. Boa praia para todos.

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